Talvez as coisas não precisem ser como queríamos que fossem, nem como os outros esperam que sejam. Talvez as coisas não precisem ser como eram antes, e talvez não precisem necessariamente mudar. Talvez as coisas só precisem ser deixadas, e não mais pensadas, planejadas e esperadas. Talvez, se tiverem de acontecer, acontecerão. E também, se não tiverem de acontecer, que não aconteçam e pronto.
Tudo poderia ser muito mais simples se parássemos de refletir tanto. Nem sempre pensar faz bem, eu paro para concluir. Talvez, as melhores coisa da vida sejam feitas - e vividas - sem pensar, mas como poderíamos saber que são as melhores, se só poderemos avaliar ao final, na morte? E aí, eu penso, não vamos querer avaliar droga de melhor coisa nenhuma. Talvez, e talvez isso devesse ser bem mais que talvez, as coisas também não devessem ser avaliadas.
O fato é que vivemos a pensar, planejar, esperar, avaliar e, no fim das contas, não vivemos nada. E o mundo, apesar disso, não é feito de coisas tão abstratas e individuais como pensamentos, planejamentos, esperanças e avaliações. É feito de experiências. Então, talvez, e esse é o talvez mais doloroso do texto e do pensamento, as coisas precisem, sim, mudar um pouco. Mas elas não precisam mudar por um ideal: precisam mudar se quisermos que elas mudem.
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