Estar em conflito pode significar estar louca, mas nem sempre. Estou em conflito quando decido prestar atenção ao meu caos próprio, diário. Estou em conflito quando decido confrontar minhas certezas tão incertas, quando me afogo no meu próprio mar de dúvidas. Estar em conflito não significa necessariamente estar louca, mesmo que temporariamente. É apenas mergulhar fundo na própria cabeça, nadando contra a corrente dos pensamentos, ideias e sentimentos comuns, e buscar dentro de si aqueles essencialmente verdadeiros, escondidos como pérolas nas ostras dos nossos corações. Que seja. Admito que estar em conflito é, sim, estar um pouco louca.
O amor precisa ser livre. Se não for, simplesmente não será amor. O amor precisa ser livre como passarinho. Precisa poder voar. Precisa ter a liberdade de construir outro ninho. O amor precisa ficar porque quer estar. Não adianta muito ficar apenas porque as asas cortadas já não conseguem voar. O amor precisa ser livre - no início, no meio e no final - para que continue sendo amor, não posse. Precisa ser livre para poder se transformar, sem se prender em amarras. Só o amor livre consegue se transmutar em outras formas de gostar. O amor precisa ser livre, ainda que seja para voarmos para longe dele. É preciso perceber a hora de pousar, mas também a de ir embora. O amor livre é aquele que se alegra com os grandes voos do outro, mesmo que os ventos levem para outros caminhos. Gosto da metáfora do amor-passarinho: dos voos, dos ninhos, da beleza de poder ir, da sinceridade do querer ficar, da independência de conseguir planar sozinho. Meu amor-passarinho vive d
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