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Mostrando postagens de abril, 2020

Todos os amores do mundo

O que diz se um coração está pronto para amar de novo? Qual é o limite (tênue?) que define até que ponto estamos dispostos a nos arriscar? Qual é a barreira invisível que ultrapassamos, sem perceber, e nos faz cair no abismo da paixão, tão cegos e inconsequentes que voamos sorrindo? Tão loucos que ignoramos o impacto final? Qual é o sinal que avisa quando estamos novamente prontos para nos arriscar, encantar, sair, apaixonar, perder, se quebrar e quase morrer? Que dor é forte o bastante para endurecer um coração a ponto de proteger? Que amor é forte o bastante para romper essa casca e alcançar o interior de um coração partido? Que palavra é a chave secreta pra acessar lugares tão escondidos? O que nos faz saber que estamos prontos? O que nos faz querer não estar? O que nos faz insistir em acinzentar? Que medo é esse de viver com emoção? Que medo é esse de abrir o coração? Que objetivos são esses que tiram o brilho do olhar? Que história é essa que tira a trilha a caminhar? Quantos pre

Tempo

De tantos destinatários desconhecidos, imaginados, perdidos, passados. De tantos textos não lidos, de tantas cartas nunca entregues, de tantos papéis rasgados. De tantos bilhetes amassados, de tantas mensagens não enviadas, de tantos beijos economizados. De tantos voos perdidos, de tantos gritos não dados, de tantos adeuses não ocorridos. De tantos finais felizes, tristes, confusos. De tantos finais terminados em reticências ou interrogações. De tantas histórias contadas com exclamações. De tantos sorrisos, lágrimas, gemidos. De tanto que se há para falar. Do tanto que nunca foi dito (e nem será). De tanto prazer, dor e amor. De tantos quilômetros percorridos, desconhecidos encontrados, sonhos criados. De tantos sonhos despedaçados, reconstruídos, conquistados. De tantas memórias revisitadas, alteradas e apagadas. Tudo que houve, um dia. Tudo que existe, agora. E tudo que talvez existirá. A única coisa invariável. A única certeza possível. E a ma