Derrama sua intensidade, menina. Não espera que seu copo esteja cheio para que algumas gotas transbordem. Abre a porteira, garota contida. Abre a cabeça, abre o coração. Deixe que os pensamentos, as ilusões e os amores vão. Transborda o que lhe há por dentro, deixa que seu peito se abra e libere a passagem. O que não sai de vez, mina. E minando, tem mais tempo para sufocar e magoar.
Derrama sua intensidade sem medo, querida. Pode doer, e em algum momento realmente vai, mas a dor alivia. A dor passa. E a recompensa é maior, muito melhor. Se dá por inteiro, se doa verdadeiro, se joga de cabeça. Sofre com vontade, chora à vontade, mas depois sorri aberto, um riso esperto, de quem tentou, de quem viveu, de quem aproveitou.
Se solta, criatura. Vê o mundo com olhos de explorador. Não corre à procura do amor, só ama tudo ao seu redor. Se mantém aberta, se mantém confiante e sorridente. Mostra todos os seus sorrisos, menina, que eles encantam muita gente.
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