Esta escritora pede, humildemente, perdão. O motivo? Todas as coisas que deveria ter feito e não fez, todas as coisas que não deveria ter feito, mas, infelizmente, fez. Pede, principalmente, pelas coisas que nem sabe por que fez, ou por que deixou de fazer. Pede perdão pelas palavras não ditas, pelas palavras mal ditas, pelas palavras que só se concretizaram (ou até pelas que só foram concebidas na sua cabeça) tarde demais. Esta escritora tem plena consciência de que seu pedido de perdão não altera as respostas monossilábicas, nem os intervalos de horas antes de respondê-las, e de que ter sido simpática muito tempo depois não anula sua grosseria de antes. Apesar disso tudo, a citada escritora ainda espera que o destino reconsidere seus maus modos, e volte a conspirar a seu favor, não necessariamente com o mesmo, mas no mesmo setor.
O amor precisa ser livre. Se não for, simplesmente não será amor. O amor precisa ser livre como passarinho. Precisa poder voar. Precisa ter a liberdade de construir outro ninho. O amor precisa ficar porque quer estar. Não adianta muito ficar apenas porque as asas cortadas já não conseguem voar. O amor precisa ser livre - no início, no meio e no final - para que continue sendo amor, não posse. Precisa ser livre para poder se transformar, sem se prender em amarras. Só o amor livre consegue se transmutar em outras formas de gostar. O amor precisa ser livre, ainda que seja para voarmos para longe dele. É preciso perceber a hora de pousar, mas também a de ir embora. O amor livre é aquele que se alegra com os grandes voos do outro, mesmo que os ventos levem para outros caminhos. Gosto da metáfora do amor-passarinho: dos voos, dos ninhos, da beleza de poder ir, da sinceridade do querer ficar, da independência de conseguir planar sozinho. Meu amor-passarinho vive d
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