Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2017

O nosso amor se transformou em "Bom Dia"

   Luís e Ana se conheceram em uma viagem. Ela era de Pernambuco, morava em Salvador para fazer faculdade há menos de um ano, e tinha viajado com as amigas para comemorar o Ano Novo na Península de Maraú. Ele era de São Paulo, recém-formado, encontrou uma oportunidade de emprego e não hesitou em se mudar: foi para Bahia, achando que ia “desacelerar”. Ouviu falar de umas praias bonitas em Barra Grande, arrumou as malas e foi passar o reveillón por lá.    Os dois se viram pela primeira vez na travessia de lancha. Para falar a verdade, ela nem reparou. Mas Luís, que era muito atento, bem que olhou. Eles ainda ficaram em pousadas bem próximas, mas nada de se encontrar. Foi na festa da virada do ano, quando alguém inconveniente estourou um champanhe sem olhar, e a rolha acertou em cheio Ana, que Luís estava pronto para ajudar. Ela sorriu. Ele sorriu de volta. E então era primeiro de janeiro, e aqueles sorrisos se transformaram em abraços de “feliz ano novo!”. E era uma festa, então,

Sobre nossas vidas secretas e oportunidades que deixamos passar

   Dezembro de 2013. Marquei de ir ao cinema com minhas melhores amigas desde os dois anos de idade, o que seria uma ocasião histórica: não reuníamos as quatro há muito tempo. Não lembro por qual motivo, mas uma delas se atrasou, e acabamos perdendo a sessão que planejávamos. Naquela hora, só havia um filme para vermos: A vida secreta de Walter Mitty. O título não dizia muito, ninguém tinha falado bem, a capa não dava ideia do que poderia ser. Assistimos.    Eu não demorei muito para gostar. O filme começa engraçadinho, vai crescendo, mudando, construindo novas personalidades e, simultaneamente, conquistando o público. Eu entrei sem esperar nada, saí encantada. Já indiquei esse filme para algumas pessoas, até que, hoje, três anos depois, mostrei a minha irmã. E, mais uma vez, eu amei. A minha intenção aqui não é fazer uma resenha - apesar de realmente indicar a cada um de vocês que assistam e reflitam, porque é mesmo muito bom - mas contar um pouco de tudo que, dessa vez, esse fi

Qual seria a sua mensagem não enviada?

   Há alguns meses eu me deparei com um projeto incrível de uma artista americana: The Unsent Project , de Röra Blue. A ideia é mandar anonimamente, para o projeto, aquela mensagem que você acabou não mandando para o seu primeiro amor.     É claro que eu me perdi no arquivo do site, que hoje conta com mais de 34.000 mensagens, cada uma com o nome do destinatário e a cor que aquela relação representou. Eu fiquei tão encantada com a história, com os sentimentos e com a ideia, que enviei um e-mail para Röra, elogiando o projeto e pedindo autorização para escrever histórias baseadas nas mensagens. Ela foi extremamente fofa, e foi assim que escrevi Espero que ela use o mesmo perfume que eu .    Há alguns dias, olhando entre as milhares de novas mensagens, me deparei com essa e tive vontade de, novamente, escrever um texto sobre elas.     "Amar você foi a última coisa em que eu me senti realmente boa". Eu não sei por que essa, em especial, me deixou tão pensativa. Talvez