Gosto da metáfora, do ato, do fato, da sensação. Tem umas praias lindas, tem peixinhos nadando, tem um calor de matar, tem esse sol maravilhoso, tem o meu mar. Eu vou andando devagar, controlando o frio dessa água pela manhã, espero você se jogar. Não demora, não. Vem mergulhar?
Vem descobrir as belezas das profundezas, deixa os problemas na superfície. Prende a respiração, depois observa como as bolhas procuram o ar. Tá frio, eu sei. Mas isso acostuma. Tá lindo, eu sei. Fica mais bonito quando você não está sozinho, não é? Eu nado um pouco, se movimentar ajuda a aquecer. Você chega mais perto, eu sorrio. Vamos nadar para lá, tem coisas que quero te mostrar.
Vem mergulhar no meu mundo, e primeiro descobre as sutilezas que evaporam do meu sorriso todos os dias. Como gosto de ver o céu todo azul, mas como também amo um dia de chuva com um pijama bem macio. Como gosto de livros bobos e leves, como me emociono com textos marcantes e pesados. Como amo comer, e se puder, prepara um dos meus pratos preferidos. É um passaporte para embarcar nos meus aspectos profundos.
Agora, segura a respiração, tenta controlar as batidas do coração. Esse lugar é perigoso, mas é o mais bonito de todos. É aqui que crescem aqueles corais delicados e vulneráveis que chamamos de sentimentos. Cuidado para não machucá-los, eles são bem sensíveis, e não se desenvolvem por qualquer coisa.
Vamos subir? É só me abraçar, e toma cuidado com aquela sereia ali. Vamos sentir a água passar não só pelos nossos dedos, mas pelos corpos. Vamos deixar lá as estrelas-do-mar, para ver nossas estrelas no céu, refletir seu brilho no olhar. Vamos deixar a água salgada secar com esse vento que leva tudo embora, mas sei que você vai ficar. Agora, só precisa aceitar meu convite. Vamos mergulhar?
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