Estava passeando pela minha cabeça e encontrei você. Nossa, quanto tempo! Eu sorrio. Faz o quê? Uns três anos? Quatro, talvez? Não, acho que seis. Meu Deus, passou tão rápido! Você está diferente, hein? Aham, cortei o cabelo, clareei no sol, perdi peso, tirei o aparelho, fiz as sobrancelhas e aprendi a me maquiar. E você? Nossa, nem me conta! Perdeu de ano, largou o colégio para jogar futebol, passou na melhor faculdade, viajou, raspou a cabeça, malhou, parou de malhar, começou a namorar, tá saindo com aquela menina que era a maior patricinha, me dá seu celular? Não, não, melhor não. Vamos só tirar uma foto para lembrar esse momento inédito. Isso, enquadrou todo mundo? Aê, digam xis! Nossa, ficou ótima! Acho melhor eu ir, tô meio atrasada, um dia a gente se encontra por aí. Você eu vejo toda hora, você é mais difícil, com você vai ser quase impossível eu me bater. Mas quem sabe, né? Essas loucuras que o destino costuma promover...
O amor precisa ser livre. Se não for, simplesmente não será amor. O amor precisa ser livre como passarinho. Precisa poder voar. Precisa ter a liberdade de construir outro ninho. O amor precisa ficar porque quer estar. Não adianta muito ficar apenas porque as asas cortadas já não conseguem voar. O amor precisa ser livre - no início, no meio e no final - para que continue sendo amor, não posse. Precisa ser livre para poder se transformar, sem se prender em amarras. Só o amor livre consegue se transmutar em outras formas de gostar. O amor precisa ser livre, ainda que seja para voarmos para longe dele. É preciso perceber a hora de pousar, mas também a de ir embora. O amor livre é aquele que se alegra com os grandes voos do outro, mesmo que os ventos levem para outros caminhos. Gosto da metáfora do amor-passarinho: dos voos, dos ninhos, da beleza de poder ir, da sinceridade do querer ficar, da independência de conseguir planar sozinho. Meu amor-passarinho vive d
Comentários
Postar um comentário