Eu te prometo falhar. Prometo que um dia vou te responder mal, prometo que um dia vou demorar de responder, prometo que um dia vou te cobrar quando demorar para falar comigo, prometo um dia te esquecer. Pode anotar: prometo que vamos brigar, que vou chorar, que vou te irritar, que vou me prometer não mais falar. E até nisso eu vou falhar.
Prometo furar um compromisso, errar o ponto do arroz, perder o horário do filme. Prometo cometer uma gafe com a sua mãe, te deixar numa situação complicada com o meu pai, e te apresentar a mais fofa das avós. Não se preocupe, ela não vai se lembrar de você nas horas seguintes. Eu prometo te escutar, mas pode esperar que depois eu vou falar. E eu falo muito, caramba.
Então, qual a graça? Eu te prometo tentar. Eu insisto, até quando é mais inteligente desistir. Talvez seja mais uma falha minha, ok. Eu vou tentar até esgotar, até a última gota secar. É isso, eu te prometi falhar. E se eu tenho um defeito, querido, é falhar até nisso. Porque quando isso acabar, prometo te deixar. Te deixo saudades, te deixo lembranças, te deixo histórias. Te deixo ausência, e nada mais.
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