Apaixone-se por uma ideia. Morra de amor. Apaixone-se por alguém. Morra de desejo, morra de felicidade, morra de saudade, morra de ciúmes, morra de tristeza, morra de desgosto. Tenha tantas vidas quanto um gato. Gaste todas elas por um gato. Apaixone-se, morra afogada num mar de confusões, ilusões, desilusões. Não se apaixone, morra de tédio. Apaixone-se pelo príncipe dos seus sonhos. E morra sonhando. Morra dessa doença, ou da sua ausência. Essa doença tão falada, comentada, esperada, sonhada. Essa doença tão sofrida, paixonite aguda, que afeta o coração, o corpo, a alma e a razão. Essa doença chamada paixão, ou simplesmente amor.
O amor precisa ser livre. Se não for, simplesmente não será amor. O amor precisa ser livre como passarinho. Precisa poder voar. Precisa ter a liberdade de construir outro ninho. O amor precisa ficar porque quer estar. Não adianta muito ficar apenas porque as asas cortadas já não conseguem voar. O amor precisa ser livre - no início, no meio e no final - para que continue sendo amor, não posse. Precisa ser livre para poder se transformar, sem se prender em amarras. Só o amor livre consegue se transmutar em outras formas de gostar. O amor precisa ser livre, ainda que seja para voarmos para longe dele. É preciso perceber a hora de pousar, mas também a de ir embora. O amor livre é aquele que se alegra com os grandes voos do outro, mesmo que os ventos levem para outros caminhos. Gosto da metáfora do amor-passarinho: dos voos, dos ninhos, da beleza de poder ir, da sinceridade do querer ficar, da independência de conseguir planar sozinho. Meu amor-passarinho vive d
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