Eu não sei quando você vai voltar. Mas sei que vai demorar muito. E que talvez você não volte. Talvez para visitar, não ficar. Esse abraço não é o último. Te prometi que um dia vou te visitar. Sabe lá Deus quando. Mas eu vou tentar. Juro que vou. Um dia, quem sabe, eu não apareço de surpresa e você me mostra sua nova cidade?
Aperto esse abraço mais forte, como se pudesse te manter aqui. Talvez seja um pouco egoísta da minha parte. Na verdade, é sim. Sei que ir é o melhor para ti. Tem um mundo inteiro te esperando lá fora, tem tanta gente nova para conhecer, tem tantas oportunidades para aproveitar... Mas é que também tem tanta coisa aqui que parece não fazer sentido largar. E natais e anos novos são tão longe!
Quero dizer que vá, e vá logo, sem olhar para trás. Quero te segurar e botar juízo nessa sua cabeça oca, te empurrar até o estacionamento e voltar para casa, dizer que seu lugar é aqui, contente-se e seja feliz. Mas eu sei que não é. Seu lugar é o mundo todo. Sua felicidade está em viajar, em crescer, em conhecer. E eu não tenho o direito - nem a audácia - de te conter.
Esse é o abraço mais difícil de todos. Não sei o que fazer, o que querer, o que dizer. Me deixo chorar, mas não, você não me faz triste. É a sua ausência, que cada hora parece chegar mais perto, que me deixa com o coração na mão. Você me enche de orgulho. Agora, me solta desse abraço, me diz para deixar de ser besta e parar com essa frescura, dá aquele sorriso todo confiante e vai. Vai aumentar ainda mais esse meu orgulho, espalhando esse sorriso por aí.
P.S.: Esse é um dos poucos textos do blog que não necessariamente fazem o tipinho romântico, mas eu não podia deixar de escolher a imagem de "Love, Rosie", nem de comentar sobre ela, e o quanto o livro e o filme (no Brasil, Simplesmente acontece) são uma gracinha! E de dizer que, até aí, eles são apenas amigos mesmo!
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