Ela saía à noite, não gostava muito dos olhares do dia. Calçava saltos mais altos que o seu ego, vestia vestidos tão curtos quanto à sua fé na humanidade. Ela gostava de beijos roubados, mas nunca de números trocados. Cada dia tinha um nome diferente: se na segunda era Sofia, na terça era Bia e na quarta Juliana. Ela não se importava com a conversa do dia seguinte, com a saída do fim de semana, com absolutamente nada. Só não queria ser encontrada.
Ela acreditava na diversão. Era ali e era agora, não "qualquer hora", não hora nenhuma depois. Ela defendia aquela paixão sem envolvimento, e que, perdão, eu nem poderia ter dito paixão, que a palavra era forte demais. Ela queria sensação, nunca sentimento. Ela não queria muita interação, apenas entretenimento. Ela não falava sobre sentir: era só sair, sorrir e voltar. Nunca ficar. Por lá. Com alguém. Por alguém.
E foi saindo, e sorrindo, e mentindo, que ela começou a duvidar. Um dia o carinha não pediu seu celular. E antes que ela achasse bom, ele nem perguntou se ela era Ana, Diana ou Poliana. Ele não comentou nada sobre o fim de semana seguinte, não a procurou na internet, não puxou conversa. Nem se ela quisesse. E ela começou a se importar. E a pensar. Reviu a sua filosofia, se arrependeu, compreendeu o "bom dia" dos pais. Ela ainda não falava sobre amor. Mas, quando aquele estranho a dispensou, ela não se negou a sentir.
Ela acreditava na diversão. Era ali e era agora, não "qualquer hora", não hora nenhuma depois. Ela defendia aquela paixão sem envolvimento, e que, perdão, eu nem poderia ter dito paixão, que a palavra era forte demais. Ela queria sensação, nunca sentimento. Ela não queria muita interação, apenas entretenimento. Ela não falava sobre sentir: era só sair, sorrir e voltar. Nunca ficar. Por lá. Com alguém. Por alguém.
E foi saindo, e sorrindo, e mentindo, que ela começou a duvidar. Um dia o carinha não pediu seu celular. E antes que ela achasse bom, ele nem perguntou se ela era Ana, Diana ou Poliana. Ele não comentou nada sobre o fim de semana seguinte, não a procurou na internet, não puxou conversa. Nem se ela quisesse. E ela começou a se importar. E a pensar. Reviu a sua filosofia, se arrependeu, compreendeu o "bom dia" dos pais. Ela ainda não falava sobre amor. Mas, quando aquele estranho a dispensou, ela não se negou a sentir.
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