Calma. Respira fundo e ouve direito. Eu te chamei para sair, não te pedi em casamento. Quero estar com você, isso é óbvio. Você já sabe, eu não preciso repetir. Estou te convidando para um bom filme. Para um banho de mar. Para pedalar. Topa? E se eu sentir fome, que tal a gente parar ali e comer? E se eu te chamar para um jantar, vou ficar bem feliz se comparecer.
E se um dia você me olhar com esse sorriso irresistível, e me oferecer um pedaço do seu chocolate, talvez eu aceite. Ou talvez eu finja que não por educação, vire para o lado e roube o pedaço de você. E se eu disser que gosto de te ver, promete não correr? E a gente pode passar a tarde toda juntos, eu vou tentar cozinhar, você tenta me ajudar, vai ser legal, vai por mim.
E se um dia eu decidir te filmar, não põe a mão no rosto, não. Gosto do jeito que sorri quando está envergonhado. Da forma que a sua boca se encurva, seu rosto cora e você vira os olhos discretamente para os lados. E se eu disser que gostaria de observar um pouco mais, sorri de novo para mim? Me deixa gravar na memória o momento em que seus olhos me encararam brilhantes, e seus lábios abertos exibiram a perfeição dos seus dentes?
E se, daqui a um tempo, eu cansar de ser equilibrista em cima do muro nessa história, você me deixa vislumbrar nosso claro futuro? Se eu comprar uma escova de dentes extra, posso contar com aquele espaço na sua gaveta? Se todos os nossos "se", forem mesmo se concretizando, quem sabe, depois, a gente não termina num "sim"?
Por enquanto eu quero estar com você. Por enquanto, nosso presente é tão bom que enxergo mais como substantivo do que tempo verbal. Por enquanto, não tenho muita coisa para dizer. Mas, daqui a um tempo, se eu disser que quero ficar com você, você aceita mudar nossa conjugação real?
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