Você é melhor que todos os outros. E nem o melhor beijo –
aquele que conseguiu até ser melhor que o seu – consegue se comparar com o seu.
Parece um paradoxo, mas ao mesmo tempo tudo parece extremamente simples: é que,
em você, nada é apenas isso. Em tudo há mais. E o seu beijo não era só o beijo.
Até o mais bonito de todos, muito mais bonito que você ou
qualquer dos outros, não se compara com você. Porque, em você, há mais que
beleza. Eu nem te achava bonito quando te conheci, para falar a verdade. Mas
não esqueço uma das últimas vezes em que te vi, a gente conversando de lado, e
eu olhava para você, esse sorriso aberto, e pensava no quanto tudo aquilo era
lindo.
Você é melhor que todos os outros. Porque nem a conversa
mais emocionante – em que eu descobri que faria coisas que nunca pensei, e que
eu poderia ser forte e corajosa – consegue chegar perto das conversas que
tínhamos. Quando a gente simplesmente falava besteira, fazia brincadeiras,
quando dormia no celular, ou quando deixamos de dormir preciosas horas de sono
só para conversar.
Você é melhor que os outros, porque nada se compara a tudo
que você me fez sentir – e que eu, não sei se infelizmente ou não, ainda sinto.
Às vezes me pergunto se tudo isso vai passar. Se ainda vou encontrar alguém que
seja melhor de beijos e beleza e conversa. Não quero nada disso separado em
pessoas pela metade. Eu só queria, se isso não fosse possível, te esquecer,
porque você elevou minhas exigências para um padrão muito difícil: você. E eu,
por enquanto, não posso ter. O problema é que você é interessante demais para
eu conseguir deixar de me interessar. E apaixonar.
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