Não sei o que me deu para falar assim. É só que eu não sou assim, sabe? Ou vai ver eu sou, e ainda não me conheço bem. É possível. Vou me olhar no espelho, e nada mudou. Bem, talvez aquelas sobrancelhas estejam menos tristonhas. E os olhos menos vermelhos. E a boca solte um sorriso mais verdadeiro. É, parece que alguma coisa mudou, sim. Mas isso é consequência e não causa, vamos lá, você sabe disso.
Sei que estou mais leve, isso com certeza. Não sei o que - e se - vai acontecer. Só sei que botar para fora todas as dúvidas, todas as incertezas, todas as quase-mágoas que estavam guardadas dentro de mim, ah, isso é bom demais. E talvez isso não seja comum, e provavelmente não é mesmo. Mas eu também não sou, ora. Uma amiga costuma dizer que sou a pessoa mais excêntrica que ela conhece. Não sei se chego a tanto, mas começo a me convencer de que minhas atitudes talvez não sejam comuns. Mas quer saber? São as melhores para mim. Talvez não sejam as melhores para você, talvez te assustem um pouco, mas quem é a minha prioridade?
Ok, ok. Depois de tantos "mas" e "talvez", prometo terminar esse texto. Um último talvez, e penso que provavelmente ele não faça nenhum sentido para quem está lendo e nunca explodiu com perguntas que precisavam ser perguntadas ou engoliriam a pessoa viva. Não toca aqueles que não pareceram loucos ao tirar dúvidas indelicadas, mas que acabariam com a delicadeza da alma se continuassem contidas. E, definitivamente, não choca aqueles que não perderam toda a timidez para vomitar seus anseios, sentimentos e determinações, há tanto contidos.
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