Talvez seja óbvio para você, com tantas coisas que deixo perdidas nas entrelinhas. Talvez você ache que me encontro sozinha. Engano seu. Não estou nem tristinha. Mas é que meus textos ainda retratam você, mesmo tanto tempo depois. E talvez muita gente já nem ache mais graça, mas como eu poderia mudar? Ainda não achei graça em outro olhar.
Meus textos ainda são todinhos seus, mesmo quando as histórias não têm absolutamente nada a ver. É que os sentimentos que as personagens sentem, foi você quem me fez sentir. Meus pensamentos ainda são, em parte, seus. Entre tantas coisas que há para pensar, às vezes me pego lembrando de algo, e foi você quem falou. Tanta coisa que você me ensinou, e eu nem pensava em aprender.
Meus textos ainda são todos seus, porque você foi, mas deixou tanto de si em mim, que eu ainda não consegui ir. Ou não quis. Aceito que parte de você ainda esteja aqui, e deixo-a ficar, assim como assumo que essas palavras são para você. Assim como assumi gostar. Quando esse sentimento quiser ir, que vá. Não sou eu que vou expulsar.
Esses textos ainda são seus, porque você me mostrou que não existe regra para gostar. E como eu gostei. Você extraiu o melhor de mim. Não para tirar e descartar, mas para mostrar que eu posso estar muito bem, assim. Você redefiniu até o que eu queria para mim. E no nosso muito, mas tão pouco tempo, você só me deixou com vontade de mais. E acho que é por isso, enfim, que os meus textos ainda são completamente seus. Se não posso ter com você, então que os meus sentimentos sejam para você.
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