O que diz se um coração está pronto para amar de novo? Qual é o limite (tênue?) que define até que ponto estamos dispostos a nos arriscar? Qual é a barreira invisível que ultrapassamos, sem perceber, e nos faz cair no abismo da paixão, tão cegos e inconsequentes que voamos sorrindo? Tão loucos que ignoramos o impacto final? Qual é o sinal que avisa quando estamos novamente prontos para nos arriscar, encantar, sair, apaixonar, perder, se quebrar e quase morrer? Que dor é forte o bastante para endurecer um coração a ponto de proteger? Que amor é forte o bastante para romper essa casca e alcançar o interior de um coração partido? Que palavra é a chave secreta pra acessar lugares tão escondidos? O que nos faz saber que estamos prontos? O que nos faz querer não estar? O que nos faz insistir em acinzentar? Que medo é esse de viver com emoção? Que medo é esse de abrir o coração? Que objetivos são esses que tiram o brilho do olhar? Que história é essa que tira a trilha a caminhar? Quantos presentes serão esquecidos por um futuro destruído? Que futuro era esse que agora não pode ser desconstruído? Que limite é esse? Quem é você para achar que pode controlar? Quem é você para achar que sabe qualquer coisa sobre amor? A vida sem amor é só pressão. E a vida só de amor é pura ilusão.
O amor precisa ser livre. Se não for, simplesmente não será amor. O amor precisa ser livre como passarinho. Precisa poder voar. Precisa ter a liberdade de construir outro ninho. O amor precisa ficar porque quer estar. Não adianta muito ficar apenas porque as asas cortadas já não conseguem voar. O amor precisa ser livre - no início, no meio e no final - para que continue sendo amor, não posse. Precisa ser livre para poder se transformar, sem se prender em amarras. Só o amor livre consegue se transmutar em outras formas de gostar. O amor precisa ser livre, ainda que seja para voarmos para longe dele. É preciso perceber a hora de pousar, mas também a de ir embora. O amor livre é aquele que se alegra com os grandes voos do outro, mesmo que os ventos levem para outros caminhos. Gosto da metáfora do amor-passarinho: dos voos, dos ninhos, da beleza de poder ir, da sinceridade do querer ficar, da independência de conseguir planar sozinho. Meu amor-passarinho vive d
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