De tantos
destinatários desconhecidos, imaginados, perdidos, passados.
De tantos
textos não lidos, de tantas cartas nunca entregues, de tantos papéis rasgados.
De tantos
bilhetes amassados, de tantas mensagens não enviadas, de tantos beijos
economizados.
De tantos
voos perdidos, de tantos gritos não dados, de tantos adeuses não ocorridos.
De tantos finais
felizes, tristes, confusos.
De tantos
finais terminados em reticências ou interrogações.
De tantas
histórias contadas com exclamações.
De tantos
sorrisos, lágrimas, gemidos.
De tanto
que se há para falar.
Do tanto
que nunca foi dito (e nem será).
De tanto
prazer, dor e amor.
De tantos
quilômetros percorridos, desconhecidos encontrados, sonhos criados.
De tantos
sonhos despedaçados, reconstruídos, conquistados.
De tantas memórias
revisitadas, alteradas e apagadas.
Tudo que
houve, um dia.
Tudo que
existe, agora.
E tudo que
talvez existirá.
A única
coisa invariável.
A única
certeza possível.
E a maior
variável de todas.
O tempo.
Que sorte.
E que
maldição.
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