Eu já escrevi tantos textos, tantos deles fictícios ou sobre o sentimento de outros que não eu... Já escrevi sobre sentimentos de filmes e de personagens de outros textos. De tudo que eu escrevi, você, que eu quase não descrevi, é a minha melhor história.
Minha história menos esperada. Sabe, de tudo que eu vivi nesses últimos meses, em todos os anos em que esperei, você foi a única coisa que eu não pensei. Não que eu nunca tenha pensado - que menina nunca quis um príncipe encantado? Pra falar a verdade, eu já tinha mesmo desistido. Coisas da vida, corações partidos. Ultimamente, só andava me divertindo.
Eu parti para uma vida nova, numa cidade muito antiga. Esperava novas histórias e risadas, talvez novos textos. Não achava que fosse escrever tão pouco - precisaria de tristeza combustível, e não tinha - e nem - muito menos! - esperava que fosse viver tudo isso.
Você chegou de uma forma tímida, e eu não sabia se você realmente queria ou não. Depois, você me disse que eu parecia desinteressada. Não podia estar mais enganada. Paguei mico quando te vi. Pelo menos, você não percebeu. Mesmo assim, quase morri.
Quando oficialmente te conheci, tudo foi tão novo e estranho... Nunca tinha conhecido alguém assim. Você não sabia o que falar, então deu corda para que eu falasse. E seu plano deu tão certo! A gente pouco se conhecia, mas já se completava. Eu falei tanto que, seis horas depois, estava convencida de que você não estava interessado em mim, mas que tinha ganhado um novo amigo. E, de repente, você me beijou. Assim, no meio de uma frase, no meio do nada, no meio da praça. Foi tão diferente de qualquer outro beijo - e por isso eu criei a teoria sobre as diferenças das regiões - e tão cuidadoso e carinhoso... Desde o primeiro momento, você já era diferente de todos os outros. Eu não imaginava o que estava por vir.
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