Pessoas iô-iô. Não seja uma delas. Eu tive um paquera que disse que não fazia ideia do que queria. Subestimei sua indecisão. Pensei que se resumisse ao pacote básico do jovem moderno: me sinto perdido no mundo, não entendo o sentido da vida, será que estou no lugar certo? Não era só isso. Esse paquera tinha o péssimo hábito de falar alguma coisa, receber uma resposta, ignorar e nunca mais dizer nada sobre o assunto. E ele insistiu em fazer isso com alguém que detesta ser ignorada. Ele deixou de ser paquera. Mas ainda assim, vez ou outra, aparecia para dizer que estava vivo. E sumia deixando outra resposta no ar. Uma dessas vezes, um texto do EOH apareceu no meu Feed: Faça amor, não faça jogo . Não era caso de amor. Mas também era tão desnecessário o joguinho... O escritor contou que uma de suas antigas paqueras sempre demorava quatro dias para responder o que quer que fosse. Um dia qualquer, ela mandou um "estou com saudades". Eu não saberia adjetivar
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