Semana passada me disseram que nostalgia é o vazio que preenche. É naquelas horas em que nada parece fazer sentido ou ter graça: aquele vazio que traz a comparação com o que já passou, uma sensação boa pelo que se viveu, uma saudade do que não volta. Essa saudade é sentimento ambíguo: uma felicidade que faz sorrir sem nem perceber, só de lembrar os momentos bons. Também é tristeza por não ser mais, é medo do hoje, mas principalmente do amanhã.
Muitas vezes a nostalgia me preenche. Às vezes quando o presente não satisfaz, às vezes em datas comemorativas, às vezes quando vejo alguém viver o que vivi algum tempo atrás. Às vezes a nostalgia é como uma amiga traiçoeira: faz companhia, alegra aqueles poucos segundos, mas, como ilusão, me mantém vazia. Às vezes a nostalgia é puramente reconhecimento daquela fase boa que passou. É revisitar o passado com o ar de um filho independente que se depara com o seu quarto na casa dos pais.
Agora minha nostalgia é só querer voltar no tempo e escrever mais.
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