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Assuntos ou epifanias

Talvez eu devesse falar das mulheres que amam demais. Mas aí tem aquele pequeno problema que já falaram do assunto. E que eu sou nova demais e com experiências de menos para supor entender o que vive uma mulher que ama demais. Talvez eu devesse falar das jovens que amam demais, mas continuaria o problema de eu amar de menos. Então, talvez eu devesse falar sobre as meninas que já não acreditam no amor. Talvez. Fora a parte que eu continuo acreditando. Não que seja como a gente quer que seja ou como a gente acredita que é. Talvez seja apenas para alguns, não para todos. Mas não dá para dizer que você não acredita, quando você acredita que, para alguém, mesmo que do outro lado do mundo, ele existe. Ou já existiu. Em algum momento, ele estava lá. Talvez, por isso, eu tenha algo sobre o que falar. Mesmo que não seja comigo. Mesmo que eu não tenha vivido. Mesmo que qualquer coisa. Ainda que o texto não seja bom. Ainda que o meu sentimento não seja verdadeiro. Ainda que, em mim, não haja sentimento, não haja assunto, não haja história ou imaginação. Ainda há esperança. Pelo menos, inspiração.

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Toda noite de insônia eu penso em te escrever

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