Luís e Ana se conheceram em uma viagem. Ela era de Pernambuco, morava em Salvador para fazer faculdade há menos de um ano, e tinha viajado com as amigas para comemorar o Ano Novo na Península de Maraú. Ele era de São Paulo, recém-formado, encontrou uma oportunidade de emprego e não hesitou em se mudar: foi para Bahia, achando que ia “desacelerar”. Ouviu falar de umas praias bonitas em Barra Grande, arrumou as malas e foi passar o reveillón por lá. Os dois se viram pela primeira vez na travessia de lancha. Para falar a verdade, ela nem reparou. Mas Luís, que era muito atento, bem que olhou. Eles ainda ficaram em pousadas bem próximas, mas nada de se encontrar. Foi na festa da virada do ano, quando alguém inconveniente estourou um champanhe sem olhar, e a rolha acertou em cheio Ana, que Luís estava pronto para ajudar. Ela sorriu. Ele sorriu de volta. E então era primeiro de janeiro, e aqueles sorrisos se transformaram em abraços de “feliz ano novo!”. E era uma festa, então,
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