Não acreditava muito nisso, mas disseram que sou muito corajosa. Disseram que eu corro atrás, que realizo, que faço e aconteço. Eu não sei se acredito. Não sei se tenho essa coragem toda, se sou inovadora e destemida. Eu só sei que morro de medo de sentir medo, de me paralisar por causa do que ainda pode vir a acontecer, de não fazer o que eu quero, preciso ou devo, apenas por causa desse medo. Eu não quero ser a garotinha do "não consigo". Aprendi a andar de bicicleta antes do que queria porque quebrei a minha rodinha numa pedra grande no caminho da praia. Ouvi meu pai dizer que a opção de ficar com apenas uma rodinha me faria cair para o outro lado o tempo todo, e decidi, com meus conscientes cinco anos, que cair apenas algumas vezes, até aprender, era mais proveitoso. Parar de andar de bicicleta não era uma opção. Queria poder levar o meu aprendizado do caso para as outras áreas, com a mesma segurança da menina que, com menos de um metro de altura, aceitou o de
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