Eu me acostumei a ter você perto de mim, em todos os sentidos. Ouvia sua voz, admirava seus olhos, acariciava seu cabelo, dormia quentinha e protegida nos seus braços. Tudo parecia lua de mel e conto de fadas. Dava certo demais. Até que o nosso prazo chegou, e eu precisei ir embora. Mãos dadas, abraço apertado, chororô e soluços de despedida. A gente não tinha muita opção. Eu fui. Então eu tive que me reacostumar a toda uma vida antiga. Com menos independência e liberdade, com menos tempo, mais tarefas e responsabilidade. E sem você, pelo menos fisicamente. A nossa ideia era terminar, mas não conseguimos. Algo ainda nos conectava de uma forma que eu nem tentaria explicar. E continuamos a compartilhar a vida. Assim, distantes, mas ainda tão presentes. Eu me acostumei à nova versão de você: das mensagens do bom dia ao boa noite, das ligações por vídeo, da saudade diária. Eu fiz de tudo pra conseguir lidar com a saudade: trabalhei duro pra pagar passagens, mandei presentes pra al
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